quinta-feira, 31 de maio de 2018

Memória de Maria Mãe da Igreja no Vaticano

No último dia 21 de maio, segunda-feira depois de Pentecostes, o Papa Francisco celebrou a memória de Maria Mãe da Igreja na Capela da Casa Santa Marta.

É a primeira vez que se celebra esta memória, instituída pelo Papa no início deste ano. As orações desta Missa podem ser conferidas aqui.

Ritos iniciais

Homilia
Oração sobre as oferendas
Consagração

Domingo de Pentecostes em Londres

O Cardeal Vincent Gerard Nichols, Arcebispo de Westminster, celebrou no último dia 20 de maio a Santa Missa da Solenidade de Pentecostes na Catedral do Preciosíssimo Sangue em Londres.

Nesta ocasião, como de costume na capital inglesa, diversos casais renovaram seus compromissos matrimoniais por ocasião da celebração do aniversário de casamento.

Procissão de entrada
Ritos iniciais
Liturgia da Palavra
Homilia
Renovação das promessas matrimoniais

Domingo de Pentecostes em Jerusalém

O Custódio da Terra Santa, Padre Francesco Patton, celebrou no último dia 20 de maio a Santa Missa da Solenidade de Pentecostes na igreja do Santíssimo Salvador em Jerusalém.

Na tarde do mesmo dia o Custódio presidiu as II Vésperas da Solenidade no Cenáculo, local onde teria ocorrido a vinda do Espírito Santo sobre os Apóstolos (como o Cenáculo pertence à comunidade judaica, não é permitido celebrar a Missa neste local).

Santa Missa:

Procissão de entrada

Incensação

Ritos iniciais

quarta-feira, 30 de maio de 2018

Homilia: Corpus Christi - Ano B

São João Crisóstomo
Sermão sobre a Carta aos Efésios
Fez-nos seu corpo e nos deu o seu corpo

Visto que tratamos do corpo do Senhor, reflitamos quantos de nós participamos do corpo, quantos degustamos este sangue, que somos participantes do corpo que em nada difere ou se distingue daquele corpo de Cristo, porque degustamos daquele que está sentado no alto, e daquele que é adorado pelos anjos e que está junto da virtude incorruptível. Ai de mim! Quantos são os caminhos para a nossa salvação! Fez-nos seu corpo e nos deu o seu corpo, e, apesar de tudo, nada disto nos aparta do mal. Ó trevas, ó abismo profundo, ó insensibilidade! Degustai, diz, as coisas do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus. E depois disto ainda há aqueles que estão preocupados pelo dinheiro, e outros que são escravos das paixões.

Não vês que até mesmo no nosso corpo se corta e amputa o que é inútil e supérfluo? E que a isto, uma vez amputado, morto, putrefato e corrompido, nada lhe aproveita o fato de ter pertencido ao corpo? Não nos fiemos de sermos uma vez do corpo. Se este corpo, apesar de ser algo natural, chega a dividir-se, que mal não padecerão as normas de vida se não permanecem firmes e estáveis? Quando o corpo não é partícipe deste alimento corporal, quando os canais estão entupidos, então morre; quando tem algum membro entrevado, então fica mutilado. Da mesma forma nós, quando fechamos os ouvidos, mutilamos nossa alma; quando não participamos do alimento espiritual, quando as maldades, como humores putrefatos, nos corrompem, tudo isto gera enfermidade, enfermidade grave, que atrai a decomposição, e depois se necessitará aquele fogo, será necessária a amputação. Porque Cristo não suportará entrar no tálamo com tal corpo. Se aquele ao qual ia vestido com um traje manchado o dispensa e lança fora, o que não fará com o que manchou o seu corpo? O que não lhe infligirá?

Vejo que muitos participam do Corpo do Senhor de forma temerária e rotineira, mais por costume e prescrição do que por consideração e desejo. Quando chegue, diz, o tempo da santa Quaresma, quem quer que seja, participa dos mistérios, e ocorre o mesmo no dia da Epifania. Contudo, este não é o momento de aproximar-se, porque a Epifania e a Quaresma não nos tornam dignos da aproximação, mas sim a pureza e a sinceridade de alma. Com estas virtudes aproxima-te sempre, e sem elas jamais. Quantas vezes, disse, fizerdes isto, anunciais a morte do Senhor. Isto é, recordais vossa salvação, meu benefício.


Fonte: Lecionário Patrístico Dominical, pp. 519-250. Para adquiri-lo no site da Editora Vozes, clique aqui.

Para ler outra homilia de São João Crisóstomo para esta Solenidade, clique aqui.

Regina Coeli do Papa: Domingo de Pentecostes 2018

Solenidade de Pentecostes
Papa Francisco
Regina Coeli
Domingo, 20 de maio de 2018

Amados irmãos e irmãs, bom dia!
Na hodierna festa de Pentecostes tem o seu ápice o tempo pascal, centrado sobre a morte e ressurreição de Jesus. Esta solenidade faz-nos recordar e reviver a efusão do Espírito Santo sobre os Apóstolos e sobre os outros discípulos, reunidos em oração com a Virgem Maria no Cenáculo (At 2,1-11). Naquele dia teve início a história da santidade cristã, pois o Espírito Santo é a fonte da santidade, que não é um privilégio para poucos, mas vocação para todos.

Com efeito, mediante o Batismo, todos somos chamados a participar na mesma vida divina de Cristo e, com a Confirmação, a tornarmo-nos suas testemunhas no mundo. «O Espírito Santo derrama a santidade, por toda a parte, no santo povo fiel de Deus» (Exortação Apostólica Gaudete et exsultate, n. 6). «Aprouve a Deus salvar e santificar os homens, não individualmente, excluída qualquer ligação entre eles, mas constituindo-os em povo que O conhecesse na verdade e O servisse santamente» (Constituição Dogmática Lumen gentium, n. 9).

Já por meio dos antigos profetas o Senhor tinha anunciado ao povo este seu desígnio. Ezequiel: «Dentro de vós porei o meu espírito, fazendo com que sigais as minhas leis e obedeçais e pratiqueis os meus preceitos. (...) sereis o meu povo e Eu serei o vosso Deus» (Ez 36,27-28). O profeta Joel: «derramarei o Meu Espírito sobre toda a carne: os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão. (...) Naqueles dias, derramarei o Meu espírito também sobre os escravos e as escravas. (...) Todo o que invocar o nome do Senhor será salvo» (Jl 3,1-2.5). E todas estas profecias se realizam em Jesus Cristo, «mediador e garantia da perene efusão do Espírito» (Missal Romano, Prefácio depois da Ascensão). E hoje é a festa da efusão do Espírito.

A partir daquele dia de Pentecostes, e até ao fim dos tempos, esta santidade, cuja plenitude é Cristo, é proporcionada a quantos se abrem à ação do Espírito Santo e se esforçam por ser dóceis. É o Espírito que faz experimentar uma alegria plena. O Espírito Santo, derramando-se sobre nós, derrota a aridez, abre os corações à esperança e estimula e favorece a maturação interior na relação com Deus e com o próximo. É quanto nos diz São Paulo: «o fruto do Espírito é: caridade, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, temperança» (Gl 5,22). O Espírito faz tudo isto em nós. Por isso hoje festejamos esta riqueza que o Pai nos dá.

Peçamos à Virgem Maria que obtenha também hoje para a Igreja um Pentecostes renovado, uma juventude renovada que nos proporcione a alegria de viver e testemunhar o Evangelho e «infunda em nós um desejo intenso de ser santos para a maior glória de Deus» (Exortação Apostólica Gaudete et exsultate, n. 177).


Fonte: Santa Sé.

Fotos da Missa de Pentecostes no Vaticano

No último dia 20 de maio o Papa Francisco celebrou na Basílica de São Pedro a Santa Missa da Solenidade de Pentecostes.

Assistiram ao Santo Padre os Monsenhores Guido Marini e Diego Giovanni Ravelli. O livreto da celebração pode ser visto aqui.

Para ler a homilia do Papa, clique aqui.

Procissão de entrada
 
Bênção da água
Aspersão

Homilia do Papa: Domingo de Pentecostes 2018

Santa Missa na Solenidade de Pentecostes
Homilia do Papa Francisco
Basílica Vaticana
Domingo, 20 de maio de 2018

Na 1ª Leitura da Liturgia de hoje, a vinda do Espírito Santo no Pentecostes é comparada a uma «forte rajada de vento» (At 2,2). Que nos diz esta imagem? A rajada de vento sugere uma força grande, mas não finalizada em si mesma: é uma força que muda a realidade. De fato, o vento traz mudança: correntes quentes quando está frio, frescas quando está calor, chuva quando há secura... O vento faz assim. O mesmo, embora a nível muito diferente, faz o Espírito Santo: Ele é a força divina que muda, que muda o mundo. Assim no-lo recordou a Sequência: o Espírito é «descanso na luta, conforto no pranto»; e, por isso, Lhe suplicamos: «Lavai nossas manchas, a aridez regai, sarai os enfermos e a todos salvai». Ele penetra nas situações e transforma-as; muda os corações e muda as vicissitudes.

Muda os corações. Jesus dissera aos seus Apóstolos: «Ides receber uma força, a do Espírito Santo (…) e sereis minhas testemunhas» (At 1,8). E assim aconteceu: aqueles discípulos que antes viviam no medo, fechados em casa, mesmo depois da Ressurreição do Mestre, são transformados pelo Espírito e - como Jesus anuncia no Evangelho de hoje - «dão testemunho d’Ele» (Jo 15,27). De hesitantes, tornam-se corajosos e, partindo de Jerusalém, lançam-se até aos confins do mundo. Medrosos quando Jesus estava entre eles, agora são ousados sem Ele, porque o Espírito mudou os seus corações.

O Espírito liberta os espíritos paralisados pelo medo. Vence as resistências. A quem se contenta com meias medidas, propõe ímpetos de doação. Dilata os corações mesquinhos. Impele ao serviço quem se desleixa na comodidade. Faz caminhar quem sente ter chegado. Faz sonhar quem sofre de tibieza. Esta é a mudança do coração. Muitos prometem estações de mudança, novos começos, renovações portentosas, mas a experiência ensina que nenhuma tentativa terrena de mudar as coisas satisfaz plenamente o coração do homem. A mudança do Espírito é diferente: não revoluciona a vida ao nosso redor, mas muda o nosso coração; não nos livra dum momento para o outro dos problemas, mas liberta-nos dentro para os enfrentar; não nos dá tudo imediatamente, mas faz-nos caminhar confiantes, sem nos deixar jamais cansar da vida. O Espírito mantém jovem o coração, uma renovada juventude. A juventude, apesar de todas as tentativas para a prolongar, mais cedo ou mais tarde passa; ao contrário, é o Espírito que impede o único envelhecimento maléfico: o interior. E como faz? Renovando o coração, transformando-o de pecador em perdoado. Esta é a grande mudança: de culpados que éramos, faz-nos justos e assim tudo muda, porque, de escravos do pecado, tornamo-nos livres; de servos, filhos; de descartados, preciosos; de desanimados, esperançosos. Deste modo, o Espírito Santo faz renascer a alegria, assim faz florescer no coração a paz.

Por isso, aprendamos hoje o que devemos fazer, quando precisamos duma verdadeira mudança. E quem de nós não precisa? Sobretudo quando nos encontramos por terra, quando nos debatemos sob o peso da vida, quando as nossas fraquezas nos oprimem, quando avançar é difícil e amar parece impossível. Então servir-nos-ia um forte «reconstituinte»: é Ele, a força de Deus. É Ele - como professamos no Credo - «que dá a vida». Como nos faria bem tomar diariamente este reconstituinte de vida! Dizer, ao acordar: «Vinde, Espírito Santo, vinde ao meu coração, vinde acompanhar o meu dia!».

Depois dos corações, o Espírito muda as vicissitudes. Como o vento sopra por todo o lado, assim Ele chega às situações mesmo as mais imprevistas. Nos Atos dos Apóstolos – um livro que necessitamos absolutamente de descobrir, onde é protagonista o Espírito – assistimos a um dinamismo contínuo, rico de surpresas. Quando os discípulos menos esperam, o Espírito envia-os aos pagãos. Abre caminhos novos, como no caso do diácono Filipe. O Espírito impele-o por uma estrada deserta, de Jerusalém a Gaza (como este nome soa doloroso, hoje! Que o Espírito mude os corações e as vicissitudes e dê paz à Terra Santa!). Naquela estrada, Filipe instrui o funcionário etíope e batiza-o; em seguida o Espírito leva-o a Azoto, depois a Cesareia: sempre em novas situações, para difundir a vida nova de Deus. Temos também Paulo, que, «obedecendo ao Espírito» (At 20,22), viaja até aos últimos confins do mundo então conhecido, levando o Evangelho a populações que nunca tinha visto. Quando está presente o Espírito, acontece sempre qualquer coisa; quando Ele sopra, nunca há bonança, nunca.

Quando a vida das nossas comunidades atravessa períodos de «lassidão», em que se prefere a comodidade doméstica à vida nova de Deus, é um mau sinal. Quer dizer que se busca abrigo do vento do Espírito. Quando se vive para a autoconservação e não se vai ao encontro dos distantes, não é um bom sinal. O Espírito sopra, mas nós amainamos as velas. E todavia, muitas vezes O vimos realizar maravilhas! Muitas vezes, precisamente nos períodos mais escuros, o Espírito suscitou a santidade mais luminosa! Porque Ele é a alma da Igreja, sempre a reanima com a esperança, enche-a de alegria, fecunda-a de vida nova, dá-lhe rebentos de vida. Como na família, quando nasce uma criança, esta complica os horários, faz perder o sono, mas traz uma alegria que renova a vida, impelindo-a para a frente, dilatando-a no amor. Do mesmo modo o Espírito traz à Igreja um «sabor de infância». Realiza renascimentos contínuos. Reaviva o amor do começo. O Espírito lembra à Igreja que, não obstante os seus séculos de história, é sempre uma jovem de vinte anos, a Noiva jovem por quem está perdidamente apaixonado o Senhor. Não nos cansemos, então, de convidar o Espírito para os nossos ambientes, de O invocar antes das nossas atividades: «Vinde, Espírito Santo!».

Trará a sua força de mudança, uma força única que, por assim dizer, é ao mesmo tempo centrípeta e centrífuga. É centrípeta, isto é, impele para o centro, porque atua dentro do coração. Infunde unidade na fragmentação, paz nas aflições, fortaleza nas tentações. Assim no-lo recorda Paulo na 2ª Leitura, quando escreve que o fruto do Espírito é alegria, paz, fidelidade, autodomínio (Gl 5,22). O Espírito dá intimidade com Deus, a força interior para avançar. Mas, ao mesmo tempo, Ele é força centrífuga, isto é, impele para o exterior. Aquele que conduz ao centro é o Mesmo que envia para a periferia, rumo a toda a periferia humana; Aquele que nos revela Deus impele-nos para os irmãos. Envia, torna testemunhas e, para isso, infunde - escreve ainda Paulo - amor, benignidade, bondade, mansidão. Somente no Espírito Consolador proferimos palavras de vida e encorajamos verdadeiramente os outros. Quem vive segundo o Espírito permanece nesta tensão espiritual: encontra-se inclinado conjuntamente para Deus e para o mundo.

Peçamos-Lhe que nos faça assim. Espírito Santo, rajada de vento de Deus, soprai sobre nós. Soprai nos nossos corações e fazei-nos respirar a ternura do Pai. Soprai sobre a Igreja e impeli-a até aos últimos confins, para que, levada por Vós, nada mais leve senão Vós. Soprai sobre o mundo o suave calor da paz e a fresca restauração da esperança. Vinde, Espírito Santo, mudai-nos por dentro e renovai a face da terra. Amém.


Fonte: Santa Sé.

Vigília de Pentecostes em Cracóvia

No último dia 19 de maio o Arcebispo de Cracóvia, Dom Marek Jędraszewski, celebrou a Santa Missa da Vigília de Pentecostes na igreja de Nossa Senhora das Neves em Cracóvia, durante a qual conferiu os sacramentos da Iniciação Cristã (Batismo, Confirmação e Eucaristia) a 3 catecúmenos e crismou outros 9 jovens.


Incensação
Leituras

Evangelho

segunda-feira, 28 de maio de 2018

Fotos do Consistório para Causas de Canonização

No último dia 19 de maio o Papa Francisco presidiu um Consistório para Causas de Canonização durante a oração da Hora Terça da Liturgia das Horas (9h) no Palácio Apostólico.

Nesta ocasião foi definida a data das próximas canonizações, incluindo a canonização do Papa Paulo VI, bem como a optatio de seis Cardeais, que passaram da Ordem Diaconal à Ordem Presbiteral.

O Santo Padre foi assistido pelos Monsenhores Guido Marini e Pier Enrico Steffanetti.

Oração da Hora Terça 
Salmodia
Oração 
Cardeal Amato faz o pedido das Canonizações

Comemoração do Primado de Pedro em Tabgha

Na sexta-feira da VII semana da Páscoa, a última sexta-feira deste tempo litúrgico, proclama-se o evangelho da aparição de Jesus Ressuscitado às margens do Mar de Tiberíades, na qual Ele reafirma o primado de Pedro (Jo 21,15-19).

Na localidade de Tabgha, onde encontra-se a igreja que recorda este episódio, a Santa Missa foi celebrada no último dia 18 de maio, presidida pelo Custódio da Terra Santa, Padre Francesco Patton.

Procissão até as margens do lago
 
Ritos iniciais
Leituras
Evangelho 

Festa da Ascensão do Senhor em Moscou

No último dia 17 de maio o Patriarca Kirill da Igreja Ortodoxa Russa celebrou a Divina Liturgia da Festa da Ascensão do Senhor segundo o calendário juliano em Moscou.

Dia 16 de maio: Vésperas na igreja da Ascensão

Entrada do Patriarca
Oração das Vésperas

Incensação 
 

Nomeado novo Prefeito da Congregação para Causas dos Santos

No último sábado, dia 26 de maio, o Papa Francisco nomeou Dom Giovanni Angelo Becciu, até então Substituto para Assuntos Gerais da Secretaria de Estado, como novo Prefeito da Congregação para Causas dos Santos.


Giovanni Angelo Becciu nasceu em 02 de junho de 1948 em Pattada, Diocese de Ozieri (Itália). Foi ordenado sacerdote em 27 de agosto de 1972. Após concluir seus estudos em Direito Canônico, ingressou no serviço diplomático da Santa Sé.

Em 15 de outubro de 2001 o Papa São João Paulo II o nomeou Núncio Apostólico em Angola e um mês depois também Núncio Apostólico em São Tomé e Príncipe. Recebeu a ordenação episcopal no dia 01 de dezembro de 2001, sendo ordenante principal o Cardeal Angelo Sodano, então Secretário de Estado da Santa Sé.

No dia 23 de julho de 2009 o Papa Bento XVI o transferiu para a Nunciatura Apostólica em Cuba. Dois anos depois, em 10 de maio de 2011, foi nomeado Substituto para Assuntos Gerais da Secretaria de Estado. Neste ofício, é o responsável por organizar todas atividades internas da Santa Sé.


No último dia 20 de maio o Papa Francisco o incluiu entre os Cardeais que serão criados no Consistório que ocorrerá no próximo dia 29 de junho.

Dom Becciu permanecerá como Substituto para Assuntos Gerais da Secretaria de Estado até sua criação cardinalícia em 29 de junho. Tomará posse como Prefeito da Congregação para Causas dos Santos, porém, apenas no final de agosto.


Até o final de agosto permanece como Prefeito da referida Congregação o Cardeal Angelo Amato, cuja missão cessará devido ao limite de idade (completa 80 anos no próximo dia 08 de junho).


Angelo Amato nasceu em 08 de junho de 1938 em Molfetta (Itália). Foi ordenado sacerdote em 22 de dezembro de 1967, incardinado no Instituto dos Salesianos de Dom Bosco. Obtendo o doutorado em Teologia Dogmática em 1974, tornou-se professor da Pontifícia Universidade Salesiana.

No dia 19 de dezembro de 2002 o Papa São João Paulo II o nomeou Secretário da Congregação para a Doutrina da Fé. O próprio Papa o ordenou Bispo no dia 06 de janeiro de 2003.

O Papa Bento XVI, com quem trabalhou na Congregação para a Doutrina da Fé, o nomeou Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos em 09 de julho de 2008 e o criou Cardeal no Consistório de 20 de novembro de 2010, confiando-lhe a Diaconia de Santa Maria in Aquiro.

Compete à Congregação para as Causas dos Santos os processos de Beatificação e Canonização dos novos santos, bem como zelar pela conservação de suas relíquias. O Prefeito geralmente preside as Beatificações em nome do Santo Padre.

sábado, 26 de maio de 2018

Homilia: Santíssima Trindade - Ano B

São João Damasceno
Exposição da fé ortodoxa
Ó coisa admirável!

Cremos, portanto, em um só Deus, um princípio sem princípio, incriado, ingênito, que não perece, imortal, eterno, ilimitado, inapreensível, indefinível, onipotente, simples, não composto, incorpóreo, imóvel, impassível, imutável, inalterável, invisível, fonte de todo bem e de toda justiça, luz inteligível e nunca acendida; poder que não pode medir-se com medida alguma a não ser sua própria vontade, porque pode fazer tudo quanto quer. É o Criador de todas as criaturas visíveis e invisíveis, de todas tem cuidado e providência, e as conserva; tem o poder sobre todas as coisas, as quais dirige e governa com um reino que não tem fim e é imortal; nada pode opor-se a ele, tudo preenche, nada pode abarcá-lo, mas, pelo contrário, ele abarca todas as coisas, as contém e zela por elas. Penetra todas as substâncias de maneira puríssima e em todas repousa. Eleva-se sobre toda substância como o mais sublime; e sobre tudo o que existe, como o mais excelente, e a tudo transborda. Ele estabelece os principados e ordens, e encontra-se acima de toda ordem e principado, acima da substância, da vida, palavra e pensamento. Ele é a própria luz, a própria bondade, a própria vida, a própria essência, já que não recebeu de outro nem o ser nem qualquer uma de suas propriedades. Ele é a fonte do ser de todos os seres, a vida dos viventes; ele participa de seu Verbo as criaturas racionais; é a causa de todos os bens; vê todas as coisas antes que existam.

Todo ser racional o reconhece e o adora com uma só adoração, e crê e venera a única substância, única divindade, único poder, única vontade, única operação, único princípio, única autoridade, único senhorio, único reinado, em três hipóstases perfeitas; porque estas estão unidas sem confusão, e são distintas sem separação.

Ó coisa admirável! Cremos no Pai e no Filho e no Espírito Santo, nos quais fomos batizados. Porque assim ordenou o Senhor aos apóstolos que batizassem, ao dizer-lhes: Batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.

Cremos no único Pai, princípio e causa de todos os seres; não gerado por ninguém; o único que existe incausado e ingênito; Criador de todas as coisas; Pai único por natureza de seu Unigênito Filho o Senhor Deus e Salvador nosso Jesus Cristo, do qual procede o santíssimo Espírito.


Fonte: Lecionário Patrístico Dominical, pp. 515-516. Para adquiri-lo no site da Editora Vozes, clique aqui.

Para ler uma homilia de São Cirilo de Alexandria para esta Solenidade, clique aqui.

quarta-feira, 23 de maio de 2018

VI Catequese do Papa sobre o Batismo: Revestidos de Cristo

Papa Francisco
Audiência Geral
Quarta-feira, 16 de maio de 2018
Batismo (6): Revestidos de Cristo

Amados irmãos e irmãs, bom dia!
Hoje concluímos o ciclo de catequeses sobre o Batismo. Os efeitos espirituais deste sacramento, invisíveis aos olhos mas ativos no coração de quem se tornou criatura nova, são explicitados pela entrega da veste branca e da vela acesa.
Depois do lavacro de regeneração, capaz de recriar o homem segundo Deus na verdadeira santidade (cf. Ef 4,24), pareceu natural, desde os primeiros séculos, revestir os recém-batizados com uma veste nova, cândida, à semelhança do esplendor da vida obtida em Cristo e no Espírito Santo. A veste branca, expressa simbolicamente o que aconteceu no sacramento e anuncia a condição dos transfigurados na glória divina.
Paulo recorda o que significa revestir-se de Cristo, explicando quais são as virtudes que os batizados devem cultivar: «Escolhidos por Deus, santos e amados, revesti-vos de sentimentos de ternura, de bondade, de humildade, de mansidão, de magnanimidade, suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos reciprocamente. Mas acima de tudo, revesti-vos da caridade, que as une todas de modo perfeito» (Cl 3,12-14).
Também a entrega ritual da chama acendida no círio pascal, recorda o efeito do Batismo: «Recebei a luz de Cristo», diz o sacerdote. Estas palavras recordam que não somos nós a luz, mas a luz é Jesus Cristo (Jo 1,9; 12,46), o qual, ressuscitando dos mortos, venceu as trevas do mal. Nós somos chamados a receber o seu esplendor! Assim como a chama do círio pascal acende cada uma das velas, também a caridade do Senhor Ressuscitado inflama os corações dos batizados, colmando-os de luz e calor. E por isso, desde os primeiros séculos, o Batismo chamava-se também “iluminação” e aquele que era batizado dizia-se que estava “iluminado”.
Com efeito, é esta a vocação cristã: «Caminhar sempre como filhos da luz, perseverando na fé» (cf. Rito da Iniciação Cristã dos Adultos, n. 226; Jo 12,36).
Se se tratar de crianças, é tarefa dos pais, juntamente com os padrinhos e as madrinhas, ter o cuidado de alimentar a chama da graça batismal nas suas crianças, ajudando-as a perseverar na fé (cf. Rito do Batismo das Crianças, n. 73). «A educação cristã é um direito das crianças; ela tende a guiá-las gradualmente para o conhecimento do desígnio de Deus em Cristo: assim poderão ratificar pessoalmente a fé na qual foram batizadas» (ibid., Introdução, 3).
A presença viva de Cristo, que deve ser preservada, defendida e incrementada em nós, é lâmpada que ilumina os nossos passos, luz que orienta as nossas opções, chama que aquece os corações no caminho rumo ao Senhor, tornando-nos capazes de ajudar quem percorre o caminho conosco, até à comunhão inseparável com Ele. Naquele dia, diz ainda o Apocalipse, «não haverá mais noite, e não necessitarão de lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor Deus os ilumina; e reinarão para todo o sempre» (cf. 22,5).
A celebração do Batismo conclui-se com a recitação do Pai-Nosso, própria da comunidade dos filhos de Deus. Com efeito, as crianças renascidas no Batismo receberão a plenitude do dom do Espírito na Confirmação e participarão na Eucaristia, aprendendo o que significa dirigir-se a Deus chamando-lhe “Pai”.
No final destas catequeses sobre o Batismo, repito a cada um de vós o convite que expressei do seguinte modo na Exortação Apostólica Gaudete et exsultate: «Deixa que a graça do teu Batismo frutifique num caminho de santidade. Deixa que tudo esteja aberto a Deus e, para isso, opta por Ele, escolhe Deus sem cessar. Não desanimes, porque tens a força do Espírito Santo para tornar possível a santidade e, no fundo, esta é o fruto do Espírito Santo na tua vida (cf. Gl 5,22-23)» (n. 15).


Fonte: Santa Sé

Procissão e Missa em honra de Santo Estanislau em Cracóvia

No último dia 13 de maio, Solenidade da Ascensão do Senhor, foram celebradas em Cracóvia uma procissão e uma Missa em honra de Santo Estanislau, co-padroeiro da Polônia, cuja festa foi celebrada no dia 08 de maio.

Esta celebração se insere no contexto das comemorações dos 100 anos da independência da Polônia.

A procissão saiu da Catedral dos Santos Estanislau e Venceslau, a Catedral de Wawel, até a Basílica de São Miguel Arcanjo e Santo Estanislau, local do martírio do santo. A procissão, na qual foram conduzidas as relíquias dos Santos poloneses, foi presidida pelo Núncio Apostólico, Dom Salvatore Pennacchio:

Procissão: Relíquia de São João Paulo II
Relíquia de Santo Estanislau

Núncio Apostólico na Polônia, Dom Salvatore Pennacchio