terça-feira, 1 de agosto de 2017

Missas de Nossa Senhora: Maria, Rainha do Universo

29. Bem-aventurada Virgem Maria, Rainha do Universo
(Para o Tempo Comum)

Introdução
Em 1954, o Papa Pio XII instituiu a Festa de Nossa Senhora Rainha, celebrada no dia 31 de maio. Com a reforma litúrgica do Concílio Vaticano II, esta celebração foi oportunamente transferida para o dia 22 de agosto, oito dias após a Solenidade da Assunção de Nossa Senhora (Missal Romano, pp. 643-644). As orações propostas neste formulário são as desta festa (com uma nova tradução), acrescidas de um prefácio inspirado na prece da coroação de imagem da Virgem Maria.
A realeza de Maria fundamenta-se em sua estreita relação com seu Filho, Rei do Universo, como afirma a Constituição Lumen Gentium do Concílio Vaticano II, n. 59: “A Virgem Imaculada, preservada imune de toda a mancha da culpa original, terminado o curso da vida terrena, foi elevada ao céu em corpo e alma e exaltada por Deus como rainha, para assim se conformar mais plenamente com seu Filho, Senhor dos senhores (Ap 19,16) e vencedor do pecado e da morte”.
A realeza de Maria fundamenta-se sobre quatro aspectos:
a) Humildade: assim como Cristo, que humilhou-se (Fl 2,8) e foi exaltado (Fl 2,9), Maria que apresentou-se como serva (Lc 1,38) é exaltada como Rainha (Prefácio);
b) Encargo materno: Maria é Rainha porque gerou o Rei do universo, que senta-se “sobre o trono de Davi” (1ª leitura: Is 9,6);
c) Intercessão: Maria é Rainha porque, reinando junto a Cristo, intercede por todos os homens (Prefácio);
d) Sinal da glória futura da Igreja: Por fim, Maria é Rainha enquanto modelo e Mãe da Igreja, prefigurando o destino de todos os seus membros: a glória celeste (Coleta).

Antífona de entrada (Sl 44/45,10)
À vossa direita se encontra a rainha,
com veste esplendente.

Oração do dia
Senhor, nosso Deus, que nos destes a Mãe do vosso Filho como nossa Mãe e Rainha, fazei que, apoiados pela sua intercessão, alcancemos no céu a glória prometida aos vossos filhos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Oração sobre as oferendas*
Ao celebrarmos a memória da Virgem Maria, nós vos oferecemos, Senhor, os nossos dons e vos pedimos que venha em nosso auxílio o vosso Filho feito homem, que a vós se ofereceu na cruz como oblação imaculada. Ele que vive e reina para sempre.

Prefácio
Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação dar-vos graças, sempre e em toda a parte, pois vós, misericordioso e justo, dispersais os soberbos e exaltais os humildes.
A Cristo, vosso Filho, que voluntariamente se humilhou até a morte de cruz, vós o colocastes à vossa direita, coroado de glória e esplendor como Rei dos reis e Senhor dos senhores. E a Virgem Maria, que humildemente quis chamar-se vossa serva e pacientemente suportou a ignomínia da cruz de seu Filho, vós a exaltastes sobre os coros dos anjos, para que reine gloriosamente com Cristo, intercedendo por todos os homens, como advogada da graça e rainha do universo.
Por isso, com a multidão dos anjos, que adoram a vossa majestade e se alegram eternamente na vossa presença, proclamamos a vossa glória, cantando (dizendo) a uma só voz:

Antífona de Comunhão (Lc 1,45)
Bem-aventurada és tu que acreditaste
nas coisas que da parte do Senhor te foram ditas.

Oração após a Comunhão
Tendo recebido, ó Senhor, os sacramentos celestes nós vos suplicamos que, ao celebrarmos a memória da bem-aventurada Virgem Maria, mereçamos ser participantes do banquete celeste. Por Cristo, nosso Senhor.

Leitura: Is 9,1-3.5-6 (“Foi-nos dado um filho; ele traz nos ombros a marca da realeza”)
Salmo: Sl 44,11-12.14-15.16-17.18 (R: v. 11a)
Evangelho: Lc 1,26-38 (Anunciação)

*Na oração sobre as oferendas a Coletânea apresenta a conclusão “Que convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo”, própria das coletas. Aqui o correto é utilizar “Que vive e reina para sempre”, como indica a IGMR, n. 77.


Fonte:
Lecionário para Missas de Nossa Senhora. Edições CNBB: Brasília, 2016, pp. 118-120.
Missas de Nossa Senhora. Edições CNBB: Brasília, 2016, pp. 155-158.

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